Common European Framework: o que é?

O que é esse tal de Common European Framework of Reference for Languages? Qual a importância dele? Como ele afeta ou não o seu aprendizado de inglês? Como ele ajuda você a identificar seu nível de inglês? Abaixo vou falar tudo o que você precisa saber sobre esse documento, então vamos lá.

Common European Framework: o que é?

O Common European Framework of Reference for Languages, geralmente abreviado para CEF, é um documento que foi elaborado pelo Conselho Europeu. Ele faz parte do projeto Language Learning for European Citizenship (Aprendizado de Línguas para a Cidadania Europeia) entre os anos de 1989 e 1996.

De modo bem resumido, o Common European Framework estabelece algumas diretrizes básicas para o ensino de línguas nos países da comunidade europeia e também os níveis dos estudantes de línguas. Nele há seis níveis de desempenho linguístico: A1, A2, B1, B2, C1 e C2. Sendo que A1 é o básico e o C2 é o Mastery (proficiência alta).

A ideia principal por trás desse documento era justamente o de ter um método de avaliação e ensino que se aplicasse a todos os idiomas dos países membros da Comunidade Europeia. A ideia deu certo e em 2001 uma Resolução do Conselho Europeu recomendou o uso do Common European Framework para regulamentar os sistemas de validação das habilidades linguísticas nas universidades, empresa e escolas da Europa. Desta forma, os seus seis níveis de referência se tornaram amplamente aceitos como padrão para nivelar o grau de conhecimento que uma pessoa possui de outra língua.

Sucesso do Projeto

Common European FrameworkDevido à seriedade e comprometimento científico do projeto, muitas instituições, empresas e ONGs no mundo todo têm adotado o Common European Framework como padrão na definição de níveis dos cursos de idiomas por eles oferecidos. No entanto, muitas instituições não mudaram os nomes de seus níveis. O que eles fizeram foi apenas estabelecer a correspondência entre os níveis oferecidos pela instituição.

Ou seja, a Escola de Inglês Happy People (nome hipotético) pegou as orientações do CEF e os adequou aos seus níveis. Na Happy People, o nível Elementar equivale ao nível A1 do CEF. Já o nível Básico corresponde ao A2 do CEF. Por sua vez, o nível Pré-Intermediário está de acordo com o nível B2 do CEF e assim em diante. Muitas escolas de idiomas no mundo todo, bem como editoras de materiais de inglês, usam os níveis do Common European Framework como referência. Isso acaba dando certa uniformidade nos níveis de aprendizado de inglês (ou qualquer outra língua)

Como são os níveis?

Como dito acima, há no Common European Framework seis níveis. De modo mais detalhado, são eles:

A (Basic User – Usuário Básico)

  • A1 – Breakthrough
  • A2 – Waystage

B (Independent User – Usuário Independente)

  • B1 Threshold
  • B2 Vantage

C (Proficient User – Usuário Proficiente)

  • C1 Effective Operational Proficiency
  • C2 Mastery

Assim, os níveis A são os básicos, os níveis B são os intermediários e os níveis C são os avançados/proficientes.

Cada um desses níveis possuem uma descrição. Para saber mais sobre elas, recomendo que leia a dica que já escrevi aqui sobre os níveis do CEF. Nela falo detalhadamente sobre cada nível.

Conclusão

O interessante de conhecer o Common European Framework é justamente o de saber em que nível você realmente se enquadra de acordo com um documento internacional. Portanto, vale a pena conhecê-lo.

Se você está no nível intermediário do seu curso de inglês, você pode ler a descrição dos níveis no Common European Framework e assim saber se você está realmente no nível intermediário. Muitas pessoas se surpreendem com os resultados. Sem contar que ele também ajuda você a estabelecer objetivos no que diz respeito a aprender inglês.

Assim sendo, entenda melhor como ele funciona e continue aprendendo inglês.

» Você pode ler mais sobre o Common European Framework na Wikipedia.

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3 Comentários

  1. Olá Denilson, meu nome é Glauco e tenho uma empresa de idiomas em Brasília. Gostaria de fazer alguns comentários sobre os temas que li em seu web-site / blog:O primeiro comentário é que eu também acho uma miséria o que muitos "renomados" cursos de idiomas pagam para os "profissionais" – com muita vontade e bom senso, estou fazendo a diferença e os meus profissionais não têm do que reclamar.O segundo comentário é a respeito do nível de formação e proficiência dos professores, você comentou no seu blog que muitos professores são pessoas que falam inglês porque moraram fora e trabalharam em qualquer área que não fosse dá aulas de inglês. Disse ainda que a grande maioria dos que dão aula de inglês não sabem nem se que o que é um exame de proficiência como TESOL, CELTA, DELTA, SLA…Concordo com você que qualquer pessoa que queira exercer alguma profissão, precisa pelos menos querer fazer isso bem e um dia atingir um nível de proficiência necessário para se profissionalizar. Contudo, discordo do que você disse, que pessoas que moraram fora e nunca deram aulas, porque exerciam posições que não fossem de um profissional de ensino, não sejam capaz de dá aulas, é claro que a capacitação é necessário, e isso é feito estudando e se preparando, mas nem todo mundo que inicia em uma profissão dispõe de condições que as instituições brasileiras impõe para “preparar” pessoas, muitos iniciam tendo paixão e muita admiração por a profissão, estes dois fatores geram vontade e faz com que as pessoas iniciam as suas experiência de ensinar o que aprenderam, isso trás maturidade e excelência para quem quer ser profissional. Eu nunca morei fora do país e tudo que sei aprendi no Brasil com muito esforço, eu diria que aprendi mais por esforço do que pela forma com que me ensinaram, quando comecei a me aventurar como professor de idiomas eu tinha mais vontade do que profissionalismo, tropecei em muitas palavras e não sabia tirar muitas dúvidas dos alunos, mas eu iniciei e com todo respeito, dava aula melhor do que muitos professores que existem no mercado hoje, porque eu queria e me esforçava pra ser eficiente, era apaixonado por isso. A estrutura pedagógica da maior parte dos cursos públicos e privados do Brasil hoje está completamente a quem do ideal, o aluno se sente perdido, saturado com o estudo de gramática e regras, se torna um robô que precisa aprender por repetições sem sentido, obviamente tudo isso torna o idioma em algo chato, afinal quando somos crianças,aprendemos primeiro a falar ou conjugar verbos?O que adianta então ter todos os níveis de conhecimentos técnicos e ter uma estrutura pedagógica horrível que restringe o professor a ensinar um inglês comercial que dá dó?Com todo respeito posto estas observações!A propósito o seu website e blog têm muitas informações excelentes!Obrigado!

  2. Oi Denilson! Estou me preparando para concorrer a uma bolsa de estudo de mestrado na Europa através do programa Erasmus Mundus. O consórcio do qual vou participar exige comprovação de fluência em inglês através do Common European Framework of Reference for Languages. Onde posso conseguir este certificado de proeficiência? Obrigado!

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