Termos Americanos Invadem O Reino Unido
Mathew Engel é um jornalista britânico com uma história brilhante na área. Em 13 de julho, ele escreveu um texto para a BBC falando sobre os termos típicos do inglês americano que invadiram (e continuam invadindo) o inglês britânico. O título da matéria é “Why do some Americanisms irritate people?”.No texto ele cita palavras que eram vistas como horrorosas pelos britânicos, mas que com o tempo acabaram sendo aceitas pela população. Entre essas palavras estão “talented” (talentoso), “reliable” (confiável), “influential” (influente, poderoso) e “tremendous” (tremendo, gigantesco).
Ainda no texto ele menciona o tipo de inglês conhecido como Globish (International English), uma versão da língua inglesa conhecida e usada por pessoas de todo mundo e de todas as nacionalidades, ou seja, um inglês global, sem ser específicamente de um país ou outro.
O curioso é que ele questiona o fato desse inglês internacional não ter nada a ver com o inglês britânico, mas sim com o inglês americano. Afinal, de acordo com o Oxford Guide to World English, “o inglês americano tem um papel global no começo do século 21 comparável ao inglês britânico no começo do século 20”. Em outras palavras, o jogo se inverteu. Pois agora, ao que parece, o inglês americano tem se alastrado pela boca dos britânicos, principalmente do público mais jovem.
A prova disso é que muitos jovens na Inglaterra não dizem mais “go to the cinema” (ir para o cinema), mas dizem “go to the movies”. “Caminhão” na Inglaterra está deixando de ser “lorry” para se tornar “truck”. A palavra “hike” está sendo usada como “aumento de salário” ou “aumento de preço” e não mais como uma caminhada no campo. Uma chave inglesa está sendo chamada de “wrench” não mais “spanner”. Os elevadores agora são “elevators” e não mais “lifts”. As pessoas compram e vendem um “apartment” deixando a palavra “flat” de lado.
Os americanismos (expressões e usos típicos do inglês americano) estão invadindo o Reino Unido não só como palavras, mas também como expressões. Um exemplo é “it doesn’t faze me that…” (não me surpreende que…) que para os puristas do inglês britânico deve ser algo como “it doesn’t surprise me that…”.
Enfim, isso de certa forma mostra que é impossível colocar rédeas em uma língua e controlá-la a todo custo. Uma língua viva muda, se transforma, se influencia, se refaze, copia algo de outras línguas, dá uma nova roupagem (significado) a velhos termos, etc. Mas ainda assim as pessoas parecem não compreender isso. Mathew encerra o texto dele dizendo, “Britain is a very distinct country from the US. Not better, not worse, different. And long live that difference. That means maintaining the integrity of our own gloriously nuanced, subtle and supple version – the original version – of the English language”.
Quer ler o texto dele de Mathew Engel na íntegra e assim praticar sua leitura em inglês? Então, clique aqui. Veja lá qual é a opinião dele sobre isso tudo e divirta-se.
That’s all for now! Take care, you all!
interessante… será que a regra do have/have got tb vai ser uniformizada com o tempo? e phrasal verbs? nossa, eu detesto phrasal verbs, prefiro esses verbos q parecem PT (mantain, construct, etc.)
Eles nunca vão abandonar os phrasal verbs… Da mesma forma que os verbos latinos são mais fáceis para nós por motivos óbvios (desist, exit, postpone, aboard etc) os PV são muito mais naturais e, portanto fáceis, para eles… Mas não acho isso uma coisa ruim, afinal, eu não queria ter que falar 'a vossa mercê' como se falava antigamente se 'você' é tão mais direto… O mais fácil tende a ser mais usado porque o objetivo é comunicar-se…