Fluência em Inglês: Como!? Quando!? De que Jeito!?
- Do you really want to do this?
- You wanna do this, really?
Na sentença [1] a pessoa usa as regras gramaticais do modo correto. Ela emprega o verbo auxiliar na sentença interrogativa, as palavras estão todas no seu devido local e tudo mais. Já na sentença [2] a pessoa fez uma pergunta; porém, não utilizou o verbo auxiliar [do] e ainda colocou o ‘really‘ no final da sentença [que para muitos é um erro!].No entanto, em termos de fluency podemos dizer que ambas sentenças estão corretas. Porém, se levarmos em consideração a tal da accuracy [precisão, exatidão, correção] apenas a sentença [1] é aceita. O curioso é que no dia a dia da língua inglesa as pessoas certamente usaram a sentença [2] para se comunicarem.
Podemos dizer então que enquanto você aprende que o certo é ‘what are you going to do tonight?‘ [accuracy+fluency], eles dirão ‘watcha gonna do tonight?‘ [fluency]. Você aprende ‘I have to go home‘, mas eles dizem ‘I gotta go home‘. Você aprende ‘what’s up?‘, mas eles dizem ‘wazup?‘. Você aprende ‘what’s that?‘, eles dizem ‘wazat?‘. Os exemplos são inúmeros!
Um dos fatores que contribuem para que os aprendizes de língua inglesa não conquistem a fluência que desejam é justamente a confusão que fazem [talvez induzidos por seus professores] entre ‘fluency‘ e ‘accuracy‘. Você pode ser fluente em uma língua sem ter de falar tudo de acordo com o que a gramática pede [sem ter a tal da accuracy]. E você certamente faz isto diariamente em português.
Afinal, informalmente você deve fala ‘pra‘ ao invés de ‘para‘; ‘qué‘ ao invés de ‘quer‘; ‘que qui cê qué?‘ ao invés de ‘o que você quer?‘ ou ‘o que tu queres?‘; ‘que qui é issu?‘ ao invés de ‘o que é isto?‘. Há ainda muitos outros exemplos.
O que eu quero dizer é que muitas vezes em sua língua você é ‘fluent‘, mas não é ‘accurate‘. Ao aprender uma segunda língua você procura dar muita enfâse à ‘accuracy‘ na esperança de alcançar a ‘fluency‘. Você acaba minando a ‘fluency‘ privilegiando demais a ‘accuracy‘. Afinal, em situações reais de uso da língua [bate-papos, filmes, seriados, músicas] as pessoas estão mais preocupadas em expressar suas opiniões de modo natural do que com as regras gramaticais em si.
Caso você queira saber mais sobre fluência em inglês, leia os postsque indico abaixo. Depois eu conto o que andei aprendendo por lá. See you! Take care! And think about being fluent first; you can be accurate later!
Nossa, muito bom esse post, realmente. E na verdade acaba rolando um caos no "como saber falar/escrever". Lembrei de uma vez em que fui tentar o tal do Omegle, onde conversamos em inglês com qualquer pessoa do Globo. Nossa… Acabou sendo um fiasco, porque além da "embananação" que a gente fica lá na hora, acabamos nos enrolando e tendo um "bloqueio" para escrever e, consequentemente, se comunicar.Não encontrei, até hoje, muitos professores que conseguissem mesclar ambos os lados. Nunca mesmo. Enfim, muito obrigada por compartilhar isso conosco! Boa sorte hoje com o curso e saudações.
Denilso, first of all, congratulation and keeping up your great job…It's really fantastic blog, every now and then, I'm your fan…Once I was listening to the radio, to be more specific, using the website's ones http://www.bbc.co.uk and I listened the expression gonna, It's very common in American, Canadian, and Australian accent, in particular Native English speakers, another expression can be seen or listen such as: Dunno, wanna, gonna, gotta etc…Even I'm not expert in English, but this blogs have been help me a lot, and for sure students. I'm Carlos a self-taught English speakers since 1990. Thank you so much, indeed, Denilso.
O Brasil precisa de mais professores como você!!
pow denilson, excelente post, pelo que entendi somos fluent no modo de falar e ate por entender, mas precisamos de fluencia que eh ter a fluent + accurancy, estou certo?
DENILSON, que bom que existem pessoas como você!!!! thanks very much!!!!!"THE WORLD IS FULL OF BEAUTY, WHEN THE HEART IS FULL OF LOVE". MARIA IVONE
Nossa, eu achei este site fantástico, acho que foi semana passada que eu encontrei este site e desde então não saio mais daqui.Eu particularmente concordo com tudo que o Denilson posta aqui. Infelizmente, acredito que em muitas escolas de idiomas os professores não se importam com você, não te deixa expressar suas opiniões. Digo isto porque faço inglês e eu nem me sinto à vontade para falar inglês dentro da sala de aula, uma porque os alunos só falam português, e estamos no intermediário já, e outra que parece que quando perguntamos algo para a professora ela explica muito rápido, parecendo que quer sair fora da explicação, não sei se você conseguiu entender o que eu quis dizer, mas parabéns pelo seu ótimo trabalho,.Louvo a Deus pela sua vida, que você prospere muito na sua área e que o Senhor te ilumine e te abençoe sempre, fazendo você muito sábio.Até mais. God bless you.
Cê é u cara!Os professores da minha escola precisam de uma palestra urgentemente!
Gente, sei que uma escola ajuda muito…Porém vejo que as escolas de inglês daqui cobram um absurdo e só ensinam as mesmas coisas que se aprende na escola…Pra mim, essas escolas de inglês só revisam o que já foi estudado no ensino fundamental e médio…Eu não quis pagar um curso aqui pois sei que não compensa pagar um preço tão alto só pra ficar revisando…Eu consigo aprender muuuuuuito mais pela internet (nesse blog, por exemplo)do que numa escola de inglês.Qual a opinião de vocês sobre isso?
Concordo com o anônimo. Aulas de inglês normalmente custam de 150 a 350 reais mensalmente, sendo que geralmente eles dão uma aula de 4h~5h por semana. Eu acho muito pouco. Claro que depois de 2 anos estudando você naturalmente aprenderá as regras gramaticais, a ler, a escrever e tudo mais. Mas na internet, com força de vontade aprende da mesma maneira. Pena que pouquíssimas pessoas são autodidatas e precisam da motivação e obrigação de uma aula. Eu tenho estudado sozinho, com vários métodos, assim eu tenho certeza que em pouco tempo serei fluente, principalmente a parte do listening.
ME tiraste um mega peso das costas…EU vivo em uma vila na Argentina, que tem muitos americanos…Fiz amizade com uma familia, me comunico mega bem com eles, mas bem como tu disse, eu sou fluence, not accourate…Estou estudando por minha conta, tudo que posso, mas tudo de uma vez não dá…Aprendo muito, falo com eles, eles me entendem sempre, e eu ando melhorando,usando melhor os phrasal verbs, e collocations…Mas a gramatica mesmo é uma coisa a longo prazo, e eu ficava me cobrando sempre…Ate hoje…Vou me divertir com meu fluence, me sentindo vitoriosa…rs….Porque o que sei de ingles hojem aprendi tudo sozinha…Thaks a lot for everything…
Boa Denilso. Muito boa mesmo.
Apesar de buscar explicar isto pros meus alunos (dou aulas particulares) eu nunca me toquei de fazer esta comparação. Apenas deixava claro que a gente não segue regras gramaticais o tempo todo. Isso seria muito chato… e uma prisão!
É importante aprender, sim, sem dúvida. Até pra gente ter a liberdade de não usar, ou poder “transitar” em ambientes diferentes.
Explico: certa vez li sobre uma “personalidade européia”, da qual se dizia “ser capaz de se sentir em casa, tanto num prostíbulo quanto entre os lordes da côrte, devido à sua versatilidade”.
Certamente a minha forma de “comunicar” em português mesmo varia muito, de acordo com o ambiente em que me encontro, dependendo se eu quero ou não chamar a atenção.
Abração gente!