Por que WON’T e não WILLN’T?
Por que WON’T e não WILLN’T? Se todas as contrações seguem um certo padrão em inglês, por que a contração de WILL NOT não segue o tal padrão? Leia esta dica e assista ao vídeo em nosso canal no Youtube para entender o que aconteceu ao longo da história da língua inglesa.
Entendendo a Dúvida
Um amigo meu, dias atrás, em uma conversa informal aqui no QG do Inglês na Ponta da Língua me disse o seguinte:
Denilso, eu tenho uma dúvida que sempre quis perguntar a alguém, mas sempre achei bobagem. Mas, agora vou perguntar e espero que você tenha a resposta.
Confesso que na hora senti um certo medo. Mas, também uma grande responsabilidade. Afinal, esse meu amigo contava comigo para dar a resposta. Eu então disse a ele que poderia mandar a pergunta.
Ele continuou,
A forma abreviada de ‘do not’ é ‘don’t’. A de ‘did not’ é ‘didn’t’. ‘Cannot’ é ‘can’t’. ‘Would not’ é ‘wouldn’t’. Enfim, todos abreviam o ‘not’. Mas, por que é que o ‘will not’ vira ‘won’t’? Por que won’t e não willn’t?
Olhei para ele atônito e me vi diante de uma situação complicadinha. Afinal, eu nunca tinha pensado nisso. Como eu já passei da fase do demonstrar que sei tudo, simplesmente olhei para ele e disse que não sabia a resposta, mas iria pesquisar e descobrir o porquê. Então, vamos lá!
O curioso dessa dúvida é que até mesmo falantes nativos de inglês a fazem! Ou seja, a curiosidade é geral. Logo, o assunto é válido. Se você gosta de curiosidades linguísticas, histórias que envolvem o desenvolvimento (evolução) de uma língua, continue lendo para saber por que won’t e não willn’t.
Se achar melhor assista ao vídeo abaixo (ou clique aqui)
Culpa da História
Tudo tem a ver com o modo como o inglês era falado muito tempo atrás. Isso no período que nós conhecemos como Old English, que vai de algo em torno do ano 500 até o ano 1100. Cerca de 1500 anos atrás.
Naquela época, havia várias formas do verbo que expressava a ideia de “will”. Essas formas eram:
- willan
- will
- wulle
- wole
- wol
- wool
- woll
- welle
- wel
- wile
- wyll
- ull
- ool
Enfim, o negócio era mesmo bem bagunçado! Só para você entender o tamanho da bagunça, saiba que naquela época havia mais de 30 maneiras de escrever e pronunciar o que hoje é simplesmente “will”. As que listei acima são apenas as mais conhecidas.
A única coisa que parecia ser unânime naquela época era a forma negativa. Lá pelo século 16, a forma mais comum na negativa já era “wonnot”. Mas vale registrar aqui que em alguns locais tinha também “winnot”, “wunnot” e a forma que pela lógica deveria ter saído vitoriosa nessa confusão toda: “willn’t”.
Com o passar dos tempos, esse “wonnot” acabou sendo abreviado para “won’t”. Era isso aí que todo mundo usava na fala e na escrita. Então, era mais do que natural que “won’t” se tornasse o mais comum e assim ganhasse a batalha no final.
Mas, calma aí! Se “will” venceu a guerra nessa confusão linguística, por que é que “willn’t” acabou levando a pior?
Por que WON’T e não WILLN’T
Ninguém sabe direito a resposta para isso! Afinal, o desenvolvimento de uma língua não obedece regras gramaticais. Portanto, o uso frequente e a influência de muitos falantes fez com que “will” vencesse a batalha de um lado e “won’t” vencesse de outro.
O que alguns estudiosos no assunto dizem é que pronunciar “willn’t” era e ainda é um tanto quanto complicado. Então, para simplificar e facilitar, o pessoal todo acabou adotando “won’t”. Portanto, foi assim que won’t saiu vivo dessa guerra e willn’t acabou levando a pior.
Prontinho! Se você queria saber por que won’t e não willn’t, agora você já sabe. Gostou desta curiosidade linguística!? Então, curta o vídeo! Deixe seu joinha! Quer fazer uma pergunta ou deixar um recadinho!? Então, use a área de comentários ali abaixo. Well, that’s all for now! So, bye bye, take care and keep learning!
Great tip. Tanks!!!